Com dois milhões de corpos enterrados, o Cementerio General
de Santiago é “vendido” turisticamente como uma espécie de “Père-Lachaise”
chileno. Seja isto exagero ou não, a verdade é que é um autêntico museu gigante
ao ar livre, onde se pode aprender muito de história e sobre a cultura chilena.
O museu está organizado por hierarquia económica, existindo vastas áreas de
vala praticamente comum (só com uma tábua a distinguir os nomes), zonas mais
normais em galeria, e até autênticos jazigos senhoriais. Fica a crítica de meter
impressão existirem casas tão grandes para mortos, com tantos sem-abrigos nas
ruas de Santiago.
Ao passar discretamente por um funeral na zona
economicamente “normal” foi interessante reparar que estava a dar uma música
alegre. Grande parte do cemitério está organizada em ruas e cruzamentos,
estando estes últimos muitas vezes pontuados com o jazigo de alguém importante
na história do país.
Depois de ver o jazigo de Salvador Allende, Andrès Bello
e General Baquedano (o do Victor Jara
fica para outro dia), a visita culminou na campa de Violeta Parra. Curioso pois
de rica tinha muito pouco, mas a verdade é que estava decorado com cores bem
vivas e bonitas.
O vídeo de publicidade ao cemitério merece ser visto: http://www.cementeriogeneral.cl/
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