Uma viagem a Atacama marcada para
um dia de entrega bem importante.
Uma garganta inflamada que se
prolonga há uma semana.
Oito e quinze da manhã e desperto.
Duas viagens de metro até ao posto
médico no Campus San Joaquin.
Muito tempo a tratar de papeladas.
Atende-me uma médica bem
prestável.
Contudo, tenho de fazer um
mini-exame à garganta.
Mais meia hora perdida de um lado
para o outro.
Nesta ala de exames só os fazem
com passaporte.
Vou e volto a casa.
Quatro viagens de metro e mais
uma hora perdida.
Aproveito e vou à farmácia.
Nesta pequena odisseia todos
reparam que sou estrangeiro.
Espero que seja apenas a voz
congestionada aquilo que me altera o sotaque chileno.
Finalmente sou atendido.
Uma enfermeira bem bonita.
Dois segundos de contacto olhos
nos olhos bem acastanhados, enquanto lá me coloca um palito com algodão pela
goela abaixo.
Agradeço e vou-me embora.
Os resultados só saem na
sexta-feira.
A brincar a brincar já estou no final da folha deste caderno e
ainda só é uma da tarde.
Na passadeira arte urbana
involuntária.
Foi a vida própria de Santiago
quem desenhou isto na estrada.
De bicicleta parto para a escola.
O dia mal começou.
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